Basílica de São Torcato

A Basílica de São Torcato impõe-se na paisagem central da vila. Construída a partir de um projeto em 1868, pelo arquiteto russo Ludwig Bohnstedt, nascido em S. Petersburgo e professor na Academia Imperial de Belas Artes de S. Petersburgo, vindo a estabelecer-se em Gotha, na Prússia onde residia à época do concurso. Bohnstedt sucedera ao projeto inicial do arquiteto Barros de Lima, com início da construção em 1825.

Mais tarde, a Irmandade resolveu novamente reajustar a sua topologia através do arquiteto José Marques da Silva (1894). A construção, iniciada em oitocentos, atravessou todo o século XX, tendo sido terminadas as obras de edificação com a cerimónia de sagração, em 25 de outubro de 2015.
O templo é de um estilo manifestamente híbrido, apresentando elementos de inspiração gótica, outros de sugestão românica e outros ainda de feição renascentista ou clássica. A Basílica possui um extraordinário carrilhão, composto por 14 sinos que potenciam uma diversidade de sonoridades litúrgicas.
No interior da Basílica venera-se o corpo incorrupto do primeiro mártir do cristianismo ibérico, que repousa em mausoléu, na Capela-mor da Basílica, onde recebe a veneração dos fiéis, que ali acorrem em romaria. A devoção ao Santo cedo transformou a localidade num dos maiores centros romeiros do norte do país. Sua Santidade o Papa Francisco elevou à dignidade de Basílica Menor este Santuário em 27 de fevereiro de 2020.
Ao lado da Basílica existe um museu da Irmandade de São Torcato que apresenta um acervo representativo da sua história, da sua tradição e da construção da Basílica.

Na lateral esquerda da Basílica, apresenta-se o Parque dos Catorze Irmãos. O espaço caracteriza-se pela abundância de árvores, com áreas específicas para merendas, áreas para a prática desportiva e um conjunto de parques de estacionamento, sendo um deles especificamente dedicado aos transportes públicos.

Terreiro de São Torcato

A Basílica abre para o Terreiro das Missas Campais, um amplo quadrilátero empedrado, de abundante arvoredo, com bancos de pedra à volta e dois coretos simétricos, onde, em dias festivos, ocorrem as tradicionais danças populares, executadas pelos dois exímios grupos folclóricos existentes na vila.
Este é um palco, por excelência, para a realização de atividades e eventos.